A Hyundai queria um carro para bater Série 7 e Classe S no mercado doméstico, enquanto a Mitsubishi esperava fazer o mesmo no Japão. Assim, o projeto conjunto resultou em um sedã de luxo bem grande e que teria tudo dentro, mas com preço mais competitivo que os alemães.
Assim nasceu o Hyundai Equus, que também foi chamado de Centennial. Do outro lado do mar do Japão, o Mitsubishi Proudia e seu irmão Dignity apareceram. O projeto envolvia tanto o uso de motores locais da sul-coreana
Agora, o Hyundai Equus passava a ser um carro maior, mais sólido, luxuoso e sofisticado. Com 5,160 m de comprimento, 1,900 m de largura, 1,495 m de altura e 3,045 m de entre eixos, o produto tinha ainda uma versão longa com 5,460 m de comprimento e 3,345 m de entre eixos.
Com estilo mais expressivo, o Hyundai Equus VI tinha um conjunto ótico de xênon com luzes diurnas em LED, assim como grade cromada com badge da figura alada em uma placa no capô. A traseira tinha grandes lanternas em LED e para-choque com saídas de escape integradas.
A carroceria tinha linhas mais fluídas e vigias nas colunas C. As rodas de liga leve cromadas ajudavam a chamar mais atenção, colocando a discrição um pouco de lado.
Por dentro, o Hyundai Equus respirava luxo e não poderia ser diferente. O suntuoso tinha multimídia com tela grande e navegador GPS, além de câmera de ré.
Os bancos eram bem envolventes e recheados de couro, bem como portadores de aquecimento e ventilação. Os traseiros eram individuais e continham massageadores.
Os apoios de cabeça dianteiros tinham telas de entretenimento, enquanto o encosto do passageiro podia ser empurrado eletricamente para ampliar o espaço para as pernas do passageiro traseiro. Ambos tinham até apoios de pé retráteis.
Também era digno de nota o sistema de entretenimento com controles remotos e fones individuais, comandados por um console entre os bancos, que ainda comandava a climatização de quatro zonas. Havia ainda espaço para taças e garrafas de vinho ou champanhe, além de frigobar.
Havia também uma terceira tela de entretenimento traseiro para os ocupantes importantes do Hyundai Equus.
Os encostos traseiros também podiam reclinar, tendo ainda mesinhas retráteis para pequenas refeições e para o tablet, sendo que, dependendo da versão ou pacote, o ambiente podia ser ricamente decorado com Alcantara.
Mas as novidades do Hyundai Equus não terminavam aí. O modelo foi o primeiro Hyundai com suspensão pneumática, dotada esta de ajuste automático de altura e amortecimento.
Falando nisso, os batentes também regulavam de forma magnética, ampliando assim o conforto ao rodar.
A gestão eletrônica integrava outros sistemas, como o controle dinâmico de estabilidade e o piloto automático adaptativo, que portava um radar.
Feito sobre a mesma plataforma do Genesis, o Hyundai Equus compartilhava com este vários componentes e até mesmo o estilo, sendo fácil confundir os dois.
A versão limusine tinha acréscimo de tamanho nas colunas B, assim como na geração anterior. Mesmo para quem dirigia, o espaço era muito bom, assim como a posição de dirigir.
O ambiente na frente não era menos inferior que atrás, tendo teto solar elétrico de tamanho padrão e multimídia com tela grande. O volante multifuncional resumia muito do trabalho do condutor.
As portas traseiras tinham sistema de sucção, enquanto janelas laterais e a vigia traseira tinham persianas elétricas. Havia ainda um filme antirruído nos vidros.
O Hyundai Equus trazia ainda assistente de estacionamento com visão 360 graus, climatização de volante e multimídia com DVD.
Havia sempre três opções de motor para o Hyundai Equus VI, começando pelo Lambda V6 3.8 de 287 cavalos, Tau V8 4.6 com 388 cavalos e o Tau 5.0 V8 com 430 cavalos (435 na versão Premium).
Este último só apareceu no facelift de 2012, já com câmbio automático de oito marchas, pois, antes era somente de seis marchas. Lambda 3.8 e Tau 5.0 tinham injeção direta de combustível.
Talvez tenha sido por isso que a CAOA trouxe ao Brasil o Hyundai Equus 4.6, que assim era mais simples para trabalhar com nossa gasolina e ainda na versão mais fraca, que tinha 366 cavalos a 6.500 rpm com 44,8 kgfm a 3.500 rpm. Havia também uma versão MPi com 390 cavalos no exterior.
Isso aconteceu em 2012, mesmo ano em que brilhou no Salão do Automóvel, junto com o Genesis V6. O sedã chegou com toda a pompa e circunstância no mercado brasileiro.
Levemente atualizado, o sedã de luxo impressionava também pelo preço da época: R$ 320.000.
Hoje, ele pode ser encontrado a partir de R$ 130.000 usado. No entanto, algum tempo depois que havia sido retirado do mercado, ainda existiam unidades zero km do Hyundai Equus na rede CAOA, pois, não haviam sido vendidas inicialmente, ficando aguardando compradores, mas já com desvalorização.
Nessa configuração, o Hyundai Equus ia de 0 a 100 km/h em 6,5 segundos e tinha máxima (sem limite) de 273 km/h.
O consumo urbano era de 6,4 km/l, enquanto o rodoviário ficava em 10,1 km/l, nada ruim para o porte do veículo e o tamanho do motor, ainda sem injeção direta.
Lá fora, o Hyundai Equus tinha até versão blindada de uso presidencial, assim como edições especiais e limitadas, como a RMR Signature com 30 cavalos a mais, tendo ainda bancos em couro de avestruz, assim como guarnição exclusiva.
Chegou a ter três unidades da edição Hermès (foto acima). No caso da DUB Edition, o sedã de luxo ganhou um visual bem extravagante.
Neste caso, incluía até rodas cromadas de aro 24 polegadas com Pirelli P Zero Nero, assim como sistema de som premium Infinity Kappa, suspensão reajustada da DUB e vidros escurecidos, tal como as lanternas traseiras.
Até a grade foi personalizada em alumínio, enquanto outros detalhes do acabamento, ganhavam apliques nesse material.